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Sobre o "casamento gay"

E mais uma vez escutei notícias sobre protestos contra o casamento gay. Desta vez, escutei no rádio, foram protestos na França, organizados por grupos católicos se não me falha a memória. Não busquei as fontes, pois não é este o objetivo aqui e agora. Quero deixar claro a minha opinião sobre o tema, e peço que leia até o final antes de parar no meio com meias conclusões.

Acho, sinceramente, que a "luta" pelo casamento gay vai na direção oposta. Muito mais simples seria descomplicar o casamento. Acredito que o casamento é, basicamente, um contrato para oficializar a administração familiar, usado primariamente para permitir ações burocráticas conjuntas em relação à vida social e legal, como uma sociedade em uma empresa. Com o casamento firmado, movimentamos as contas bancárias, compramos bens em conjunto, entre outras operações feita à revelia dos participantes do casamento a cada caso, de acordo com o desejo em consenso.

O que isto tem a ver com amor? Nada!!!

Se algum ser humano acha que existem regras para o amor, tenha a certeza que este ser é menos humano. A arrogância e a cegueira causada pela ignorância leva à estas definições incompletas e estúpidas. Um homem pode amar uma mulher, um homem pode amar um homem, uma mulher pode amar uma mulher, um homem pode amar duas mulheres, uma mulher pode amar dois homens, dois homens podem amar duas mulheres, uma mulher pode amar seis homens, e as combinações possíveis são muitas outras e que nenhum de nós tem o direito de proibir, coibir ou julgar. O casamento, enfim, só deve oficializar esta união para facilitar a administração desta família. Ah, claro, alguém vai falar que "para constituir uma família é necessário um homem e uma mulher para gerar filhos e etc e tal". Que ignorância! Pra gerar filhos basta ter espermatozóide fecundando um óvulo em uma mulher para prosseguir com a gestação até o parto. Quem vai "doar o que", "colocar como" e quem vai parir é basicamente um problema exclusivo desta família. Já posso escutar "mas com que valores esta criança vai crescer?", o que prontamente respondo com "melhores que os seus valores limitados, com certeza.". Também posso escutar algo como "Mas Deus..." OPA!!! Não vamos descer tanto o nível desta discussão. Se você acredita em Deus, problema seu! Eu tenho a convicção que é uma invenção do homem dominador, o pastor, para controlar suas pobres ovelhinhas, ou seja, você que acredita nisto. Lógico que nestas combinações, famílias com apenas homens não podem parir seus próprios filhos. Não é uma pena, é apenas uma característica óbvia de possibilidade corporal e que, caso seja o desejo da família, que siga para uma adoção. Nem vou discutir as outras possibilidades, só vou deixar claro que nem eu, nem você, tem o direito de julgar.

Então temos o Estado, as Leis ("The Law"). :-p Obviamente, Dane-se o Estado! Mas já que temos um, que seja descomplicado e pare de atrapalhar as vidas familiares das imensas e maravilhosas formas de amar.

Por favor, ame, da forma que você queira amar, e seja feliz.